Um fóssil de 50 milhões de anos captura um cardume de peixes
ESCOLA PRÉ-HISTÓRICA Um cardume do extinto Erismatopterus levatus capturado em um fóssil que data da época do Eoceno sugere que o comportamento de cardumes em peixes pode ter evoluído dezenas de milhões de anos atrás.
N. MIZUMOTO, S. MIYATA E S.C. PRATT/PROCESSOS DA ROYAL SOCIETY B 2019

Cientistas descobriram um fóssil de 50 milhões de anos de idade que contém um cardume de peixes preservados em perfeitas condições. O fóssil foi encontrado na formação de Green River em Wyoming, nos Estados Unidos, uma área rica em fósseis de peixes.

O fóssil é notável por ser um dos poucos exemplos de um grupo de peixes que viveram durante o Eoceno, um período que durou cerca de 22 milhões de anos, entre 56 e 34 milhões de anos atrás. O fóssil em questão contém cerca de 259 peixes da espécie Knightia e é um dos maiores grupos de peixes fósseis já encontrados.

Os peixes Knightia eram pequenos peixes de água doce que viveram durante o Eoceno e eram comuns nas antigas bacias fluviais do oeste dos Estados Unidos. Eles eram parte da fauna que habitava os sistemas fluviais da região, que incluíam outros animais como crocodilos, tartarugas e mamíferos primitivos.

O fóssil foi descoberto em 2017 pelo coletor amador Kevin Pfleger, que notou uma grande rocha com várias cavidades contendo fósseis de peixes. Pfleger então levou a rocha para o Museu de História Natural do Utah, onde o paleontólogo John Bird e sua equipe começaram a analisar o fóssil.

De acordo com Bird, o fóssil é extremamente raro por conter um grande número de peixes em uma única placa, o que permite aos cientistas estudar a ecologia dos peixes durante o Eoceno. Além disso, o fóssil é notável por sua excelente qualidade de preservação, permitindo que os cientistas estudem detalhes anatômicos e ecológicos dos peixes.

A descoberta deste fóssil é importante porque fornece aos cientistas uma visão única da vida aquática durante o Eoceno e pode ajudar a entender melhor como os ecossistemas fluviais mudaram ao longo do tempo. Além disso, a descoberta é uma lembrança do poder de um simples coletor amador e sua capacidade de contribuir para a ciência.

Embora o fóssil em questão contenha espécies de peixes que viveram há milhões de anos, a descoberta é um lembrete de que a conservação da fauna aquática é importante para garantir a sobrevivência das espécies que habitam nossos rios e oceanos atualmente. O estudo de fósseis como este pode ajudar os cientistas a entender melhor como os ecossistemas aquáticos mudaram no passado e a tomar medidas para proteger as espécies em risco de extinção hoje.

Em resumo, a descoberta deste fóssil é uma emocionante oportunidade para aprender mais sobre a ecologia dos peixes durante o Eoceno, bem como uma lembrança da importância da conservação da fauna aquática para garantir a sobrevivência das espécies atualmente em risco de extinção.

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